Portugal, Geórgia e Hungria destacam-se em 2025 como destinos de eleição para nómadas digitais, segundo vários estudos internacionais recentes.

A crescente facilidade de trabalhar remotamente, impulsionada por vistos específicos e incentivos fiscais, tem colocado estas nações no topo das escolhas de profissionais que procuram qualidade de vida, acessibilidade e boas condições para o trabalho à distância.

Portugal volta a ser apontado como o melhor destino para nómadas digitais, com Lisboa a liderar as preferências. A capital portuguesa foi classificada em primeiro lugar pelo site de alojamento Flatio, graças ao seu “charme do velho mundo e comodidades modernas”, tornando-se um verdadeiro íman para profissionais digitais em busca de inspiração e conveniência. Lisboa é elogiada pela sua acessibilidade, oferta de cafés, espaços de coworking e uma vibrante agenda de eventos para a comunidade nómada. O Lonely Planet reforça que jovens empresários e artistas de todo o mundo se reúnem atualmente nas ruas e bares da cidade, atraídos pelo ambiente cosmopolita e pelo custo de vida relativamente baixo face a outras capitais da Europa Ocidental.

No entanto, o sucesso de Lisboa traz desafios: o aumento do número de estrangeiros que trabalham remotamente tem pressionado o mercado imobiliário e os serviços comunitários, dificultando o acesso à habitação para a população local. O guia Lonely Planet sugere, por isso, que outras cidades portuguesas menos exploradas podem beneficiar de maior investimento e de uma distribuição mais equilibrada destes profissionais.

Além de Lisboa, o Porto e o Algarve também figuram entre os melhores destinos globais para nómadas digitais, destacando-se pela qualidade de vida, segurança e clima ameno ao longo do ano.

A Geórgia tem vindo a afirmar-se como um dos destinos mais procurados para nómadas digitais, graças ao seu ambiente favorável aos negócios, regime fiscal acessível e políticas de imigração flexíveis. Tbilissi, a capital, é apontada como um polo internacional, oferecendo uma combinação de arquitectura.

Já Budapeste, capital da Hungria, destaca-se pelo baixo custo de vida, elevada qualidade de vida e uma oferta cultural diversificada. A cidade foi classificada entre as melhores do mundo para nómadas digitais, com destaque para a sua arquitetura, segurança, gastronomia e espaços de coworking dinâmicos. O equilíbrio entre trabalho e lazer é apontado como um dos principais trunfos da capital húngara.

O interesse crescente por destinos europeus como Portugal, Geórgia e Hungria reflete uma transformação no mercado de trabalho global, marcada pela mobilidade e flexibilidade dos profissionais digitais. No entanto, o fluxo de nómadas digitais levanta desafios, sobretudo nas grandes cidades, onde o aumento da procura por alojamento e serviços pode agravar problemas de habitação e pressionar infraestruturas locais.

A tendência é clara: em 2025, Portugal, Geórgia e Hungria são os destinos de referência para quem procura conciliar trabalho remoto e qualidade de vida, mas o sucesso destes países depende também da capacidade de gerir os impactos sociais e económicos desta nova vaga de profissionais globais.