Um projeto que vai abranger mais de 400 mil casas, em diversas regiões do interior, resultando na cobertura da totalidade do território continental até 2026/2027.

O concurso público internacional para implementação de redes de banda larga em áreas conhecidas como “zonas brancas” – regiões desprovidas de cobertura de rede ou onde a qualidade é insuficiente – representa um investimento total de 425 milhões de euros. Destes, aproximadamente 150 milhões de euros provêm dos Programas Regionais do Portugal 2030, enquanto o restante é financiado por recursos nacionais.

Durante a cerimônia de anúncio desse concurso internacional, ocorrida em Belmonte, no distrito de Castelo Branco, em 12 de dezembro, o Primeiro-Ministro António Costa, com a aprovação da Comissão Europeia, enfatizou a coesão interna como um dos pilares estratégicos do governo para o desenvolvimento do território.

Esse projeto se alinha com outros programas e investimentos que compartilham o objetivo comum, como as novas conexões transfronteiriças para promover uma “maior densidade entre a raia portuguesa e a raia espanhola”, a valorização das instituições de ensino superior nessas regiões, a criação de condições para redução dos custos de contexto, medidas favoráveis em termos fiscais, especialmente no IRC, e o processo de descentralização.

Anteriormente, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, ressaltou a centralidade dos territórios do interior, afirmando que “os nossos territórios do interior têm futuro. Nós não somos o fim do país, somos o coração da Península Ibérica.”